Em um ensaio clínico que correspondeu às fases 1 e 2 simultâneas, 76 participantes foram vacinados. A vacina consiste de um outro vírus, um tipo de adenovírus, que não causa doença grave em humanos. Este vírus contém o gene para uma proteína encontrada na superfície do coronavírus. Assim, o organismo aprende a desenvolver uma resposta imunológica ao sars-cov-2 sem precisar de ser infectado por ele.
Nenhum participante relatou efeitos colaterais graves após a vacina. Em contrapartida, mais da metade relatou algum sintoma leve, sendo dor na região da injeção e febre os mais relatados. Todos os participantes desenvolveram anticorpos para a proteína S do sars-cov-2, sugerindo uma possível eficácia da vacina.
Entretanto, como alerta Michael Head, Pesquisador Sênior em Saúde Global na Universidade de Southampton, apenas depois da conclusão da fase 3 será concebível afirmar que a vacina é eficiente contra a infecção do novo coronavírus.
Texto produzido por: Paulo Henrique Moreira Melo, graduando em Medicina, Faculdade de Medicina da UFMG
Revisão: Profa. Marina Guimarães Lima e Profa. Maria das Graças Braga Ceccato
Edição e postagem: Mariana Dias Lula
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