Diferentes projetos de extensão e de pesquisa com interface na extensão, no âmbito da Ciência dos Alimentos, com atuação multiprofissional e abordagem translacional e inserção social, e com participação ativa dos alunos de mestrado e doutorado:
- Projeto de extensão “Alimentação Saudável”, coordenado pela Profa. Dra. Raquel Linhares Bello de Araújo, com colaboração de outros docentes do PPGCA e de outros Programas da UFMG, visa intervir no perfil de saúde da população, priorizando os escolares, e tem como principal objetivo promover diálogos e ações integrativas entre a universidade e a comunidade sobre a promoção de saúde. O projeto atua em escolas do entorno da universidade, priorizando o ensino básico, com o apoio e parceria direta entre a equipe do projeto e os educadores.
- Curso de Extensão “Análise Sensorial”- coordenado pela Profa. Camila Argenta Fante, tem como objetivo apresentar noções básicas de análise sensorial de alimentos.
- Projeto de extensão “Análises microbiológicas de água“, coordenado pelo prof. Carlos Augusto Rosa, visa a prestação de serviços a comunidade interna e externa a UFMG dando informações quanto ao padrão de potabilidade e balneabilidade de amostras de diferentes fontes solicitadas.
- Projeto de extensão “Atendimento nutricional ambulatorial de pacientes em lista de espera para transplante hepático“, coordenado pela profa. Lucilene Rezende Anastácio, grande parte (3/4) dos pacientes com cirrose em lista de espera para o transplante hepático são desnutridos e a maioria cursa com baixos níveis de força muscular, os quais têm 2,5 mais chances de morrerem antes de serem submetidos ao transplante. A desnutrição/sarcopenia nesses pacientes é multifatorial, sendo a presença de ascite, náuseas, vômitos, anorexia, dor abdominal e motilidade intestinal alterada as manifestações da cirrose que mais contribuem para o quadro. Alguns pacientes cursam com gasto energético aumentado, alterações hormonais e mudanças no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios. Também é muito frequente que esses pacientes tenham sido orientados a restringir alguns nutrientes da dieta habitual, como por exemplo, proteínas e sódio. A restrição de proteínas para pacientes hepatopatas não está mais indicada, mas ainda é prática comum e é independentemente associada à desnutrição e à mortalidade. Já a restrição de sódio altera a palatabilidade da dieta ofertada e pode prejudicar a ingestão calórica. Nesse contexto, o acompanhamento nutricional ambulatorial, baseado no diangóstico, prescrição, orientações e acompanhamento dietéticos são de suma importância para minimizar a piora do estado nutricional e contribuir com a prevenção de complicações da doença hepática que aumentam a morbimortalidade. Este projeto de extensão visa oferecer atendimento nutricional para pacientes em lista de espera para transplante hepático, uma vez que não há assistência nutricional disponível para os pacientes do Hospital das Clínicas. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2018 e já recebeu mais de 30 alunos da graduação de nutrição da UFMG e Pitágoras e atendemos e acompanhamos mais de 200 pacientes. Atualmente, há seis alunos de extensão e nutricionistas voluntários que se envolvem na avaliação, atendimento nutricional e elaboração de materiais educativos para os pacientes em lista de espera para transplante hepático. Além disto, o projeto apoiou e apoia outros projetos de pesquisa em andamento no âmbito do PPGCA e em 2024/1 será cenário de práticas de uma disciplina optativa ofertada para o curso de Nutrição da UFMG (ALM045 – Tópicos Especiais em Avaliação e Terapia Nutricional na Cirrose Hepática). Trata-se pois de um projeto convergente aos três pilares da UFMG: ensino, pesquisa e extensão.
- Projeto de extensão “RotuLab-UFMG: Consultoria em rotulagem de alimentos“, coordenado pela profa. Lucilene Rezende Anastácio, todo alimento embalado na ausência do consumidor deve ser rotulado (BRASIL, 2002). O rótulo é qualquer inscrição, legenda ou imagem, ou qualquer matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem do alimento (BRASIL, 1969). As informações contidas num rótulo de alimentos são destinadas à identificação da origem, composição e características nutricionais dos produtos, permitindo o rastreamento e identificação de seus constituintes, tornando-se, portanto, um elemento fundamental para a saúde pública. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a informação adequada e clara sobre produtos e serviços, incluindo quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como os riscos que apresentam, é um direito básico que se aplica também aos alimentos (BRASIL, 1990). Assim, os rótulos devem possuir informações claras e ostensivas que possibilitem a correta informação ao consumidor. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) atualizou as normas de rotulagem geral (RDC 727, 2022) e nutricional (RDC 429, 2020 e IN 75, 2020). Essas atualizações trouxeram mudanças significativas para a declaração da tabela de informação nutricional, modificaram requisitos para alegações nutricionais e implementaram a rotulagem nutricional frontal em produtos alimentícios elegíveis e com alto teor de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio. Além dessas, outras legislações também se aplicam à rotulagem de alimentos, como o Decreto-Lei 986 de 1969, a Portaria do Inmetro 249 de 2021 e a Lei 10.476 de 2003. Apesar das principais legislações sobre rotulagem de alimentos estarem vigentes há mais de 20 anos, muitos estudos destacam problemas de cumprimento dessas normas. Diante do volume de informações sobre rotulagem e do alto percentual de produtos que descumprem as legislações, essa ação de extensão surgiu com o intuito de promover a adequação dos rótulos para produtores que desejam cumprir a lei, além de proporcionar uma oportunidade de vivência prática para alunos de graduação e pós-graduação. Desde que foi implementada em 2021, essa ação contou com a participação de 15 alunos de graduação em farmácia, nutrição e pós-graduação que cursaram as disciplinas sobre rotulagem ofertadas (ALM 044 e ALM895), resultando na adequação de mais de 30 rótulos de produtos e desenvolvimento de habilidades e competências de interesse para este tipo de atividade.
- Projeto de extensão “Curso RotuLab-UFMG Ensina: A nova legislação de rotulagem nutricional de alimentos“, coordenado pela profa. Lucilene Rezende Anastácio, todo alimento embalado na ausência do consumidor deve ser rotulado. O rótulo inclui toda inscrição, legenda, imagem, ou qualquer matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem do alimento (BRASIL, 1969). As informações contidas num rótulo de alimentos são destinadas à identificação da origem, composição, características nutricionais e advertências, permitindo o rastreamento dos produtos e a identificação de seus constituintes, tornando-se fundamentais para a segurança alimentar e saúde pública. Por isso, os rótulos devem conter informações claras e ostensivas que possibilitem a correta informação ao consumidor. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a informação adequada e clara sobre produtos e serviços, incluindo quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como os riscos que apresentam, é um direito básico que se aplica também aos alimentos (BRASIL, 1990). Em 9 de outubro de 2022, novas legislações, a RDC 429/2020 e a IN 75/2020, passaram a regulamentar as informações nutricionais obrigatórias em um rótulo. Essas normas introduzem mudanças no conteúdo e disposição da tabela de informação nutricional e nas alegações, além de adotarem a rotulagem nutricional frontal, que inclui um símbolo em forma de lupa preta na parte da frente do produto quando há alto conteúdo de açúcares adicionados, gordura saturada e/ou sódio. O objetivo dessas regulamentações é facilitar a compreensão da rotulagem nutricional pelos consumidores brasileiros, aprimorar a visibilidade e legibilidade das informações, facilitar a comparação nutricional entre alimentos, melhorar a precisão dos valores nutricionais declarados e reduzir situações que possam gerar engano quanto à composição nutricional. Diante disso, um curso destinado a esclarecer as novas regras é importante para capacitar indivíduos e organizações que lidam diretamente com a elaboração da rotulagem nutricional de alimentos. Este projeto visa subsidiar a elaboração correta de rótulos de alimentos por meio de capacitação teórica e prática de oito horas, envolvendo a exposição das principais legislações sobre rotulagem nutricional, com ênfase nas alterações recentes; análise crítica de rótulos; exercícios de elaboração de rótulos; e avaliação formal do aprendizado. Vigente há dois anos, o curso é resultado do trabalho em equipe desenvolvido pela ação de prestação de serviços RotuLab-UFMG (SIEX 303081), e contou com a participação de alunos do PPGCA-UFMG e da graduação. Oferecido três vezes, o curso teve mais de 80 alunos, proporcionando prática discente e financiando a participação dos envolvidos em Congressos e Cursos, como SLACAN 2023, CONBRAN 2024 e CBCTA 2024.
- Projeto de extensão “Rotulab-UFMG ensina: rotulagem Geral de Alimentos – teoria e Prática“, coordenado pela profa. Lucilene Rezende Anastácio, todo alimento embalado na ausência do consumidor deve ser rotulado. As informações contidas num rótulo de alimentos são destinadas, dentre outros, à identificação da sua origem, à sua composição e às características nutricionais dos produtos, e advertências, permitindo o rastreamento dos mesmos e identificação dos seus constituintes, tornando-se, portanto, em elemento fundamental para a segurança alimentar e saúde pública. Por isto, os rótulos devem possuir informações claras, ostensivas e que possibilitem a informação correta para o consumidor. Muitos trabalhos científicos evidenciam o descumprimento das legislações que regulamentam as informações que devem constar nos rótulos, este descumprimento fere os direitos dos consumidores e são passíveis de advertências e penalidades para os fabricantes. Dessa forma, torna-se importante a oferta de capacitação a respeito da rotulagem de alimentos para indivíduos e organizações que lidam diretamente com assunto. Este projeto tem como objetivo principal subsidiar a elaboração correta de rótulos de alimentos por meio de capacitação teórica e prática de oito horas envolvendo a exposição das principais legislações sobre a rotulagem geral alimentos; análise crítica de rótulos; exercícios de elaboração de rótulos e avaliação formal do aprendizado. Diante disso, um curso destinado a esclarecer as regras de rotulagem geral de alimentos é importante para capacitar indivíduos e organizações que lidam diretamente com a elaboração da rotulagem nutricional de alimentos. Este projeto visa subsidiar a elaboração correta de rótulos de alimentos por meio de capacitação teórica e prática de oito horas, envolvendo a exposição das principais legislações sobre rotulagem geral, análise crítica de rótulos; exercícios de elaboração de rótulos; e avaliação formal do aprendizado. Vigente há dois anos, o curso é resultado do trabalho em equipe desenvolvido pela ação de prestação de serviços RotuLab-UFMG (SIEX 303081), e contou com a participação de alunos do PPGCA-UFMG e da graduação. Oferecido três vezes, o curso teve mais de 80 alunos, proporcionando prática discente e financiando a participação dos envolvidos em Congressos e Cursos, como SLACAN 2023, CONBRAN 2024 e CBCTA 2024.
- Projeto de extensão “Rotulab-UFMG ensina: Curso avançado em rotulagem de alimentos para formação de consultores profissionais“, coordenado pela profa. Lucilene Rezende Anastácio, a rotulagem é definida como toda inscrição, legenda, imagem, imagem litografada ou colada sobre a embalagem do alimento. Diversas informações obrigatórias devem estar disponíveis em rótulos de alimentos embalados na ausência do consumidor. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a oferta e a apresentação de produtos deve assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores (Brasil, 1990). Recentemente, muitas legislações sobre rotulagem de alimentos foram atualizadas, aumentando a demanda de treinamento e capacitação de profissionais atuantes na área de alimentos. Embora todas as legislações sobre rotulagem de alimentos estejam disponíveis nos sites dos órgãos que as regulamentam, os profissionais que elaboram os rótulos têm frequentemente dúvidas sobre a maneira correta de executar o trabalho. Como consequência, muitos dos rótulos disponíveis no mercado possuem erros, o que é passível de penalidades segundo a Lei 6.437 de 1977 (Brasil, 1977). Ainda, sem que os profissionais que atuam na área sejam direcionados, é difícil que eles saibam dos detalhes envolvendo a aplicação de determinadas legislações. É o caso da nova legislação de rotulagem nutricional, disposta pela Resolução da Diretoria Colegiada n.429 e da Instrução Normativa n. 75 de 08 de outubro de 2020 (Brasil, 2020a; Brasil, 2020b), a qual está vigente para a maioria dos produtos do mercado deste outubro de 2023. As mudanças ocasionadas por essa legislação estão levando a inúmeros equívocos na aplicação da rotulagem nutricional frontal de produtos lançados no Brasil no período (Borges et al., 2024) e de outros quesitos de rotulagem da tabela de informação nutricional (Junco et al., 2024). Nosso grupo de pesquisa há 10 anos tem se dedicado ao ensino da correta aplicação da rotulagem de alimentos e, há cinco, temos nos dedicado também à investigação científica da aplicação correta da rotulagem de alimentos (Cunha et al., 2020; Prates et al., 2021; Junco et al., 2022; Santos et al., 2023; Pereira et al., 2024) e do seu potencial como política pública para auxiliar os consumidores na tomada de decisões e promoção de ambientes alimentares mais saudáveis (Prates et al., 2022; Silva et al., 2022; Tomáz et al., 2022; Faria et al., 2023). A Equipe desta proposta é formada por alunos e egressos dos cursos de graduação em farmácia e nutrição e do Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos que vêm atuando em projetos envolvendo rotulagem e fundou a RotuLab-UFMG em 2021. A RotuLab-UFMG tem como missão fazer as legislações sobre rotulagem de alimentos serem cumpridas e prover experiência prática aos alunos e voluntários por meio da elaboração das informações de rotulagem de pequenos produtores. Nos últimos anos, os casos práticos atendidos nos ensinaram muito, aumentando o nosso repertório de vivências para nossas aulas e servindo de casos práticos nas disciplinas que lecionamos. Desde 2023, a RotuLab-UFMG também tem se destinado à oferta de cursos de curta duração. Com o fim das bolsas dos alunos do PPGCA e a falta de outras fontes de financiamento, vimos na RotuLab-UFMG a possibilidade de manter nossa equipe e nossas atividades de pesquisa, sendo esta agora a finalidade primária desta ação de extensão. Além disto, o curso é uma oportunidade de compartilharmos nossos conhecimentos com a comunidade externa à UFMG, promovendo também experiência didática docente aos nossos alunos interessados na carreira de professor.
- Projeto de extensão “Semana da Segurança dos Alimentos da Faculdade de Farmácia“, coordenado pelas professoras Verônica Ortiz Alvarenga e Flávia Beatriz Custódio, o principal objetivo é propor ações educativas sustentadas para a produção e consumo de alimentos inócuos e saudáveis. Além disso, promover também ações que ajudem a prevenir e gerenciar riscos de origem alimentar.
- Projeto de extensão “Storytelling para Ciência de Alimento“, coordenado pela profa. Verônica Ortiz Alvarenga com colaboração da profa. Flávia Beatriz Custódio, promover o interesse e a conscientização da população com relação aos principais temas em ciência, tecnologia e segurança dos alimentos utilizando Histórias em Quadrinhos (HQ).
- Projeto de extensão “GAPA – Grupo de Apoio aos Produtores de Alimentos“, coordenado pela profa. Flávia Beatriz Custódio com colaboração da profa. Verônica Ortiz Alvarenga, promover iniciativas para o desenvolvimento regional e expansão da produção de alimentos por meio da promoção do conhecimento técnico-científico nas áreas de qualidade e processamento de alimentos.
- Projeto de extensão “Quem Quer Pod?“, coordenado pela profa. Maria Aparecida Vieira Teixeira Garcia com colaboração das professoras Verônica Ortiz Alvarenga, Flávia Beatriz Custódio e Lucilene Rezende Anastácio, promover a divulgação de conhecimento através da realização de PODCASTs sobre conteúdos de Educação, Saúde (física e mental), Sustentabilidade, Ciência, Tecnologia e Engenharia de Alimentos, Nutrição, Saúde Pública, Marketing e Empreendedorismo e Gestão de Carreira. Paralelamente, propõe-se a promoção e divulgação de ações de ensino, pesquisa e extensão realizadas no Departamento de Alimentos e no Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos da Faculdade de Farmácia da UFMG.